A Câmara Municipal de Feira de Santana intermediou, na tarde desta quarta-feira (26), na Presidência da Casa, uma reunião entre representantes da APLB e Governo Municipal. O objetivo do encontro foi o pleitodo pagamento de 60% do precatório para a categoria. Foi ainda repercutido a manifestação que os professores fizeram na noite na última terça-feira (25), no prédio da Prefeitura Municipal.
Estiveram presentes na reunião, o prefeito Colbert Martins Filho; o presidente da Câmara, vereador José Carneiro Rocha; os vereadores Roberto Tourinho, Alberto Nery e Carlito do Peixe; o procurador da Casa da Cidadania, ÍcaroIvvin e representantes da APLB.
A princípio, a diretora da APLB, Marlede Oliveira, explicou o anseio da categoria pelo pagamento de 60% precatório. “Já fizemos diversas reuniões com o Poder Público Municipal para tentar chegar a um acordo em relação ao pagamento do precatório. Não vamos abrir mão desse precatório. Já sofremos muito na mão do outro gestor, o professor precisa ser valorizado. E estamos aqui para resolver com quem pode resolver nossos problemas, que é o gestor”, pontuou Marlede.
Após ouvir o pedido da categoria, o prefeito Colbert Martins Filho explicou que o recurso está impedido de ser administrado pela Prefeitura por determinação do Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas da União e Ministério Público. “Está sub judice. Existe uma judicialização. Enquanto não houver uma decisão judicial eu não darei nenhum passo em relação a esta questão. Estou proibido de mexer nesse recurso e irei descumprir uma determinação judicial. Nada farei enquanto não puder tomar uma decisão com segurança e enquanto houver instabilidade jurídica”, explicou o prefeito.
Ainda no debate, o presidente da Casa, vereador José Carneiro Rocha (PSDB) afirmou que o prefeito está na razão quando age em cumprimento da Lei. Na mesma linha seguiram os vereadores Alberto Nery (PT) e Roberto Tourinho (PV). “Nosso compromisso foi firmado. Ontem, prometemos à categoria que promoveríamos esse encontro e assim fizemos. Reveja seu posicionamento, prefeito”, disse Nery. “Esse momento é muito positivo. No passado, seguramente, não teríamos esse encontro. Mas, gostaria de saber se o jurídico da APLB ofereceu alguma alternativa para que esse dinheiro fosse pago à categoria? Porque se há uma ação judicial, não há o que se fazer até que se tenha uma decisão”, argumentou Tourinho.
Os professores presentes na reunião pediram a compreensão do prefeito Colbert Martins e que ele seja mais sensível ao avaliar essa questão, pois já foi externado pela categoria que não abrirá mão do pagamento de 60% do precatório.
Manifestação
Na reunião também foi repercutida a manifestação realizada pelos professores, na noite da última terça-feira (25), na Prefeitura. Segundo eles, ficaram até meia noite no órgão público numa tentativa de negociação com o prefeito, porém sem sucesso. Sobre isto, o prefeito Colbert Martins foi taxativo ao afirmar que a categoria passou dos limites.
“Sempre mantive todo o respeito para com a categoria, mas preciso dizer que ontem vocês passaram dos limites. Não havia motivos para permanecerem na Prefeitura após às 18 horas, horário que finda o expediente. Porém, hoje a nossa relação será rígida. Vocês tentaram misturar eleição e política, portanto o limite está estabelecido. Não é ocupação, pressão ou ideologia política que vai resolver”, garantiu Colbert Martins Filho.
O presidente José Carneiro Rocha também teceu comentários em relação à manifestação. “Ontem não vi professores presos, até porque o portão lateral estava aberto para entrada e saída da categoria. O que vi foi uma pessoa, que me disseram ser um advogado, dando murros na janela e tentando depredar um patrimônio público”, relatou.
O edil Alberto Nery (PT) afirmou que quando se escolhe se tornar um homem público é preciso quebrar questões pessoais. “Eu estava lá e vir que a categoria agiu de forma ordeira, apenas uma pessoa se comportou de forma errada, mas a realização da manifestação não foi motivo para se fechar as portas da Prefeitura. Encontrei professores em situação desumana: deitados em uma sala quente, escura, sem água, sem comida”, defendeu
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