Feira de Santana aderiu ao lockdown determinado pelo decreto estadual, que restringe atividades não essenciais de hoje até às 5 horas da próxima segunda-feira (1º). A circulação de pessoas está proibida, na cidade, a partir das 20 horas desta sexta-feira (26). Mas alguns serviços e atividades estão permitidos. De acordo com a Prefeitura Municipal, amanhã (27) e domingo (28), por exemplo, as feiras livres e o Centro de Abastecimento poderão funcionar, mas apenas até às 14 horas.
Por considerar importante e necessário o apoio emocional, sobretudo nesse momento, em que tantas famílias estão perdendo parentes para a Covid-19, o prefeito Colbert Martins Filho liberou as celebrações e eventos religiosos, mas somente até às 19h30 e desde que respeitados os protocolos sanitários adotados para evitar a disseminação do vírus.
Bares e restaurantes, com atendimento presencial, só podem abrir até 18 horas. Já os estabelecimentos que trabalham com delivery de alimentos têm permissão para funcionar até meia-noite. Shoppings, galerias de lojas e demais centros comerciais podem abrir até às 19 horas de hoje. O transporte coletivo urbano tem autorização para circular até às 20h30 desta sexta-feira. No fim de semana, o horário de encerramento dos ônibus urbanos será às 19 horas.
BEBIDA ALCOÓLICA – O decreto proíbe a venda de bebidas alcoólicas em quaisquer estabelecimentos, inclusive por sistema de entrega em domicílio. Também estão proibidos eventos desportivos coletivos e amadores, aulas em academias de dança e ginástica, eventos e solenidades.
O delivery de medicamentos não possui restrição de horários. Estão liberados os deslocamentos para ida a serviços de saúde ou a farmácias, para compra de medicamentos. Também em situações em que fique comprovada a urgência.
A medida, segundo o prefeito, é necessária para tentar conter o avanço da doença no município e evitar o colapso do sistema de saúde. “Nesse momento, nosso Hospital de Campanha está com todos os 18 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupados. Os 23 leitos clínicos da unidade também estão com pacientes graves, sendo três deles ocupados por moradores de Humildes, o que demonstra que a contaminação está aumentando também na zona rural. Então, até segunda-feira, vamos restringir o máximo possível o deslocamento de pessoas”, observou.
AMPLIAÇÃO DE LEITOS –Segundo Colbert Martins, os leitos do Hospital de Campanha serão ampliados. Ele disse que o contrato com a empresa que mantém a unidade já está pronto. “Isso vai ter um custo, evidentemente. Estive em Brasília, esta semana, pedindo ao Ministério da Saúde que pague os meses de janeiro e fevereiro, que ainda estão em aberto. Mas estamos implementando novos leitos, independentemente da chegada desses recursos. O custo está saindo dos cofres da Prefeitura Municipal e é necessário que isso seja feito, mas espero que esses pagamentos sejam realizados o mais rápido possível”, destacou.
O prefeito disse que a estimativa para implantação dos novos leitos é de dez dias. Ele enfatizou que os insumos necessários, como é o caso do oxigênio hospitalar, estão sendo providenciados, bem como a ampliação das equipes de médicos, enfermeiros, técnicos, auxiliares e fisioterapeutas. “Essa é a parte mais cara que, efetivamente, temos que pagar e a mais difícil também, porque não tem sido simples encontrar profissionais disponíveis”, ressaltou.
RESPIRADORES – Segundo o gestor, o município também dispõe de leitos com respiradores fora dos hospitais, sendo quatro na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Queimadinha; dois na UPA da Mangabeira; e sete distribuídos nas policlínicas da prefeitura Municipal, inclusive nos distritos de Maria Quitéria e Humildes. “Ao todo, são 13 respiradores em várias áreas da cidade, para, se necessário, intubar um paciente e, posteriormente, transferi-lo para o nosso Hospital de Campanha ou para o Hospital Clériston Andrade”, informou.

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