
“Está um inferno”. A declaração é do dr. Francisco Mota, diretor médico do Hospital de Campanha de Feira de Santana. “A situação é, terrivelmente, angustiante. Ter que escolher quem terá mais chances de sobreviver”, disse ao Protagonista, emocionado.
Nesta terça (16), quando Francisco Mota conversou com o Protagonista, a situação no Hospital de Campanha era a seguinte: UTI lotada e com mais de 70% dos leitos clínicos ocupados. “No domingo chegamos a ter 41 ocupados dos 44 existentes”, revela.
“Infelizmente chegamos ao ponto de escolher pacientes, por absoluta falta de leitos de UTI. Pacientes graves em UPAs e Policlínicas que precisam de UTI estamos dizendo ‘não’, com um nó no coração”, pontua. Quem recebe o "não" fica à mercê da Regulação para outra unidade - hoje a situação é de lotação na maioria das cidades.
E um detalhe revelado ao Protagonista, que vem acontecendo hoje em Feira de Santana, é o seguinte: se um paciente de 30 anos e outro de 60, precisam da UTI, a prioridade é para o mais jovem. “Tem mais chances de sobreviver”, explica o diretor.
Uma notícia alentadora é que com a abertura dos 5 novos leitos de UTI no Hospital de Campanha, prevista para a próxima semana, haverá um desafogo e vidas serão salvas. “Estas cinco novas vagas de UTI farão muita diferença”, salienta Francisco Mota.
Segundo o prefeito Colbert Filho informou ao Protagonista, cada leito de UTI a mais no Hospital de Campanha vai representar um custo adicional de R$ 100 mil. “Serão mais R$ 500 mil reais, porém que vão salvar vidas”, destaca Colbert.
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