A desmobilização do hospital de campanha de Feira de Santana aconteceu após a redução do número de ocupação dos leitos. Em entrevista ao programa De Olho na Cidade, o secretário de saúde Marcelo Brito informou a secretaria desmobilizou 8 dos 18 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 14 dos 44 leitos clínicos do Hospital de Campanha, destinados exclusivamente ao tratamento de pessoas com covid-19 no município.
“O termo desmobilizar significa que nós interrompemos o funcionamento temporariamente e que podemos reativá-lo a qualquer momento. Temos hoje 10 leitos de UTI, ontem, por exemplo, desses dez leitos só tinham cinco ocupados, ou seja, 55% da capacidade e dos trinta leitos de internamento clínico, nós tínhamos apenas dez ocupados, o que representa 33%.” Esclareceu.
Marcelo Brito destacou o alto custo que os leitos ativos têm para os cofres públicos. “Um leito de UTI hoje custa acima de R$ 4 mil reais por dia para a secretaria. Dessa forma nós conseguimos manter uma taxa de ocupação baixa e ao mesmo tempo desmobilizar uma quantidade importante de leitos fazendo uma economia desses recursos públicos.” Afirmou.
Além do avanço da vacinação, o secretário destacou que o maior comprometimento da população em seguir os protocolos sanitários tem contribuído para a diminuição dos casos.
“A soma dos dois fatores, a utilização em massa da vacina mais a própria população de Feira de Santana que começou a seguir os protocolos sanitários levaram, sem sombra de dúvida, a uma redução importante no número de internamentos da Covid.” Salientou.
Vacinação
Distribuindo de 12 a 14 mil vacinas em um dia e meio, Feira de Santana inicia na manhã dessa sexta-feira, a vacinação para pessoas a partir dos 29 anos, além disso, o secretário anunciou também a vacinação para os bancários que acontecerá, exclusivamente, na UBS Irmã Dulce a partir da 8h da manhã.
Segundo o secretário, Feira de Santana desacelerou a vacinação para os grupos prioritários com o objetivo de baixar a idade das pessoas a serem vacinadas. “Eu acredito que a nossa decisão foi a mais correta. Tentar fazer grupos de prioridade sempre assume-se um grande risco, significa que nós não vamos descer a idade. A logística com grupos prioritários é muito mais lenta e gera debates desnecessários.” Pontuou.
O município possui hoje aproximadamente 50% da população vacinada com a primeira dose, sendo que a maior parte dessas pessoas estão em período de transição para segunda dose, e 22% vacinada com a segunda dose. O secretário informou que a meta é vacinar 100% da população com a primeira dose até outubro.
“Eu diria que nós já vislumbramos antecipar isso até para setembro. Claro que nós dependemos da chegada de vacinas, se nós chegarmos a setembro com 100% da população elegível tomando a primeira dose significa que ainda durante o ano de 2021, ou seja, até dezembro, nós já vamos conseguir chegar a todos com a segunda dose.” Ressaltou o secretário.
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