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163 pacientes morreram este ano aguardando por regulação em Feira de Santana


De acordo com a coordenadora, uma reunião para debater o assunto, foi realizada na última sexta-feira (6), com representantes do Ministério Público e da Central de Regulação do Estado

 Tivemos uma reunião na última sexta-feira com a presença do Ministério Público e da Sesab e durante o final de semana, tínhamos 26 pacientes nesta fila de regulação, e de ontem para hoje, este número aumentou para 30. Percebemos que tivemos uma redução no número de pacientes que já estavam aguardando, mas de qualquer forma, continua um número alto. A maior demanda destas regulações, são pacientes com AVC, infarto, alguns pacientes cirúrgicos com colecistite e até alguns pacientes que demandam por endoscopia com anestesia, e estes precisam ser feitos dentro de uma unidade hospitalar. Pelo que a gente observa, o setor de neuro e cardiologia, são os setores que mais demoram para regular", explicou.

Apenas no mês de abril, 53 pacientes ficaram aguardando na fila de regulação.

"Neste mês de abril, chegamos a ter 53 pacientes na fila, até então, este foi o maior mês com número alto da fila de regulação. No mês de janeiro, também tivemos um número alto de 50, e por isso que estamos mantendo este diálogo com o Ministério Público, com a Sesab para procurar novas alternativas em transferir o mais rápido possível, todos estes pacientes que estão em policlínicas, UPAS, para unidades do estado", informou.

Ainda segundo a coordenadora Vera Lúcia Galindo, existem alguns critérios com relação às transferências que são feitas.

"Nós não temos uma gestão sobre a regulação do estado, toda regulação é feita por eles, nós apenas tratamos de regulação municipal até média complexidade. Quando se trata de alta complexidade, é necessário que haja a transferência pelo estado. Então nós tentamos colaborar o máximo possível, realizando tomografias, raio-x, ressonância, tudo isso, no sentido de identificar a prioridade do caso e verificar quais são os pacientes que estão em um quadro grave. Todos os dias nós atualizamos os dados aqui na plataforma, mas infelizmente a própria Sesab informou que este problema não é específico de Feira de Santana, e acontece na Bahia inteira, porém o nosso questionamento, é que novos hospitais já foram entregues, já foram inaugurados, mas os problemas persistem, então fica esta interrogação com relação à tudo isso", enfatizou.

Outro problema também enfrentado no município, é a retenção de macas nos hospitais. De acordo com a coordenadora, nem sempre todas as regulações são feitas para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), e muitas macas estão retidas com pacientes na unidade.

"As unidades precisam de ambulâncias para fazer as regulações, e a gente sabe que as regulações não são feita exclusivamente para o Clériston, são feitas para outras unidades também, como em Salvador, Santo Antônio de Jesus, e às vezes, são liberada três regulações e fica inviável fazer a transferência porque temos as macas retidas nos hospitais. Semana passada eu precisei mobilizar quatro ambulâncias, tive que acionar o Samu porque estávamos com macas presas, e muitas dessas ficam no Clériston", concluiu

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