Violência na bahia

Homens são baleados durante operação da PM, no Nordeste de Amaralina, em Salvador


 Dois homens foram baleados durante uma operação da Polícia Militar, no último sábado (24), véspera de Natal, no bairro do Nordeste de Amaralina, em Salvador. As vítimas, identificadas como Marcelo e Adeilton, de 19 e 34 anos, foram socorridas para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde seguem internadas nesta segunda-feira (26).

Segundo relato de moradores, os policiais teriam chegado atirando no local. Daiane é irmã de Adeilton, disse que ele foi atingido por quatro tiros e passou por duas cirurgias.

"Estávamos em um momento de Natal em família, se divertindo e eles [policiais] chegaram atirando. Se não fosse o pessoal aqui, eles iriam matar meu irmão, dizer que foi troca de tiros e jogar drogas em meu irmão [para armar um flagrante]", relatou revoltada.Por meio de nota, a PM informou que equipes da Companhia Independente de Policiamento Tático (CIPT)/Rondesp Atlântico localizaram homens armados que, ao avistarem as equipes, teriam atirado contra os policiais. Conforme informações da unidade, houve revide, mas os suspeitos fugiram.

Ainda na nota, a PM disse que, em outra localidade, conhecida por Alto do Capim, moradores informaram que havia um homem baleado, sem indicação de autoria ou circunstância. Os militares prestaram socorro e encaminharam o ferido para o HGE.

Em outro ponto, conhecido como "Cracolândia", a equipe foi acionada para atendimento de outro homem ferido em via pública, segundo a PM. Ele também foi socorrido pelos policiais para o HGE. As ocorrências foram registradas no posto policial da unidade de saúde.

O caso é investigado pela Polícia Civil.

Moradores pedem justiça

Moradores pedem justiça após homens serem baleados no Nordeste de Amaralina, em Salvador — Foto: Reprodução/TV Bahia

Moradores pedem justiça após homens serem baleados no Nordeste de Amaralina, em Salvador — Foto: Reprodução/TV BahiaMoradores do Nordeste de Amaralina se reuniram, nesta segunda, para pedir justiça pelo ocorrido. Eles seguraram cartazes com diversas frases como: "queremos paz", "queremos respeito" e "as crianças não podem brincar".

A mãe de Marcelo, que também foi baleado, disse que a situação é recorrente no local. "Sempre acontece da mesma maneira. Eles [policiais] vêm por aqui e deixam a viatura do outro lado, fazem um cerco", explicou Ivani.

A irmã do outro morador baleado criticou o modo como os policiais agiram na região. "Eles [policiais] têm que fazer o trabalho deles, não é [ir] chegando e atirando, porque ninguém aqui é vagabundo. Todo mundo aqui trabalha".

"Uma coisa é chegar e falar: 'estamos aqui abordando, verificando'. Agora chegar atirando... Cadê os tiros? Cadê a arma? Meu irmão está lá no hospital com quatro balas, passou por duas cirurgias, está de sonda. Como vai ser a vida da minha família agora? E os gastos que a gente vai ter?", questionou.

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