
A Operação Bulário, deflagrada na manhã desta quinta-feira (15) em Feira de Santana, contra empresários do ramo de remédios, acusados de sonegar mais de R$ 35 milhões resultou no cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão, além de bloqueio dos bens de pessoas físicas e jurídicas envolvidas.
A operação faz parte da força-tarefa de combate à sonegação fiscal na Bahia composta também pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal – (Gaesf), do Ministério Público do Estado da Bahia, Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa (Infip), da Secretaria da Fazenda.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a delegada titular da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap) do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), Márcia Pereira, informou que a operação acontece não só em Feira de Santana, mas em todo o estado baiano.

“Esta é uma operação da força-tarefa que envolve o Ministério Público, Secretaria da Fazenda, Polícia Civil, e hoje a gente cumpriu 12 mandados de busca e apreensão aqui na cidade de Feira de Santana e região, assim como na cidade de Salvador. Essa investigação não é recente, já tem um bom tempo gerando aí cerca de R$ 40 milhões de sonegação fiscal. Estes empresários utilizam pessoas laranjas e com muitas empresas também de fachada”, explicou.
De acordo com a delegada, nesse primeiro momento, cerca de 10 empresas já foram identificadas, mas afirmou que ao longo das investigações, este número pode aumentar
Ainda segundo a delegada Márcia Pereira, a força-tarefa contra este tipo de crime acontece desde o ano de 2012.
“Infelizmente esta é uma prática que vem acontecendo em todo o estado da Bahia, a gente tem essa força-tarefa com o Ministério Público, junto com a Secretaria da Fazenda, Polícia Civil e vem combatendo desde o ano de 2012. Todo este processo de sonegação das empresas é identificado pela Sefaz, que encaminha todo material para que seja analisado e depois é instaurado o inquérito policial para que tenha início o procedimento investigativo. O estado pode e deve ter este dinheiro de volta, até porque é necessário que o estado mantenha os serviços essenciais para a população. Tivemos um resultado muito positivo aqui em Feira de Santana, cumprimento de todos os mandados, inclusive identificação de outras empresas que não tínhamos conhecimento nesta primeira fase da operação, e que assim, a gente possa encontrar outros valores”, concluiu.
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