Dados dos cenários epidemiológicos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) e das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) na Bahia revelam que o estado precisa avançar na cobertura vacinal contra alguns vírus, a exemplo da Influenza e Covid-19, bem como no enfrentamento da sífilis. Em 2025, aproximadamente 40% das gestantes, crianças e idosos baianos foram vacinados contra Influenza, um dos vírus causadores das Srag, enquanto a meta nacional é de 90%. Foram mais de 8 mil casos de hospitalização por Srag neste ano, com 323 óbitos, sendo 20,7% deles em decorrência de influenza e 14,6% por Covid-19 este ano. Os dados foram apresentados na manhã de ontem, dia 4, durante a reunião do Fórum Estadual de Vigilância Epidemiológica, realizada no Ministério Público do Estado da Bahia, e evidenciam que a população está deixando de se vacinar.
O encontro foi conduzido pelas promotoras de Justiça Rocío Garcia, coordenadora do Centro Apoio Operacional de Defesa da Saúde (Cesau), e Rosa Salgado, que atua em uma das Promotorias de Saúde da capital. Elas destacaram a importância das informações para subsidiar a atuação do MPBA no fomento à execução das políticas públicas de saúde. Registraram que o Ministério Público acompanha, periodicamente, o cenário epidemiológico de diversas patologias, dentre elas as infecções sexualmente transmissíveis de notificação compulsória, bem como a Síndrome Respiratória Aguda Grave. Segundo Vânia Rebouças Vanden Broucke, da Coordenação de Imunizações e Vigilância Epidemiológica de Doenças Imunopreveníveis (Civedi) da SESAB, “o cenário estadual, assim como o nacional, é de hesitação vacinal”. Muitas pessoas estão protelando a vacina da Covid-19 e Influenza, 
o que tem determinado a
existência de casos graves, bem como óbitos, que poderiam ser evitados, alertou Vânia Broucke. Ela frisou que o objetivo da vacinação é reduzir esses agravamentos.
Foi com o intuito da prevenção que diversas pessoas aproveitaram para se vacinar ontem. A Secretaria Estadual de Saúde disponibilizou vacinas contra a Hepatite B, Difteria e Tétano, HPV, Meningite ACWY, Tríplice viral, Febre Amarela, Influenza e Covid-19, além de testes rápidos de HIV, Sífilis e Hepatites B e C para a população, na sede do MPBA. De acordo com a coordenadora de Vigilância Epidemiológica de Agravos Transmissíveis (Coagravos/Divisa), Eleuzina Falcão, a Bahia integra um compromisso global de eliminação da Aids, Tuberculose e Hepatites enquanto problema de saúde pública, até o ano de 2030. Ela afirmou que estratégias estão sendo executadas nesse sentido e visam combater também a Sífilis, que “continua sendo um problema de saúde pública importante, com grande número de registros”. Registrou ainda que, durante a ação do projeto ‘Fique Sabendo’ no São João, pensado para promover atendimentos em grandes festas populares, o Estado realizou mais de 60 mil testes rápidos de HIV, Sífilis e Hepatites B e C nos municípios baianos. Dessa forma, afirmou Eleuzina Falcão, “vamos ampliando as ações de saúde e expandindo a assistência à população”.
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