Vendido”. “Traidor”. “Vergonha para o grupo”. “Compraram seu silêncio com a nomeação de seus filhos”. Todos esses adjetivos e acusações foram disparados na sessão desta quarta (8), na Câmara Municipal de Feira de Santana. O clima esquentou entre vereadores Paulão, Emerson Minho e Edvaldo Lima, do grupo considerado independente, com troca de acusações e ofensas.
Tudo começou quando o vereador Paulão se posicionou contrário à convocação de secretários municipais, de uma só vez, como segundo ele propunha requerimento do vereador Emerson Minho. “Vossa excelência virou a casaca. Entrou aqui dizendo que era pelo povo. O povo quer saber o valor das desapropriações para o BRT. Um vereador que se diz a favor do povo, agora é contra o povo. Deveria ser líder ou vice-líder do governo. Isso é uma vergonha. Mudou de lado, agora defende o governo. Há algumas semanas criticavas o prefeito e o governo. Traiu o grupo e, de forma sorrateira e baixa, acabou se vendendo. Eu tenho vergonha de sua situação como vereador. Não se pode acender uma vela para Deus e outra para o Diabo. Será que foi por causa dos cargos seus nomeados em Jaguara?”, disse Emerson Minho.
Paulão, em contato com o Protagonista, respondeu: “vossa excelência que se vendeu. Traiu Zé Neto com a promessa de um punhado de 70 cargos, feita por Colbert, que não cumpriu, e Emerson Minho rompeu de novo. Sempre defendi o trabalho sério de João Vianey, da Superintendência de Manutenção e Obras, igualmente ao secretário da Fazenda, Expedito Eloy, que sempre foram solícitos em prestar informações. O requerimento de Emerson Minho convocava três vereadores de vez a esta Casa. Eu apenas recomendei que separasse em um de cada vez. Além do mais, já está definido que um secretário municipal virá à Câmara a cada mês. Então eu não fui contra o requerimento. Sou vereador independente, que vota a favor do interesse da população”, explica Paulão.
O vereador Edvaldo Lima também partiu para cima de Paulão. “Está vendido. É uma vergonha para o grupo”. Paulão retrucou: “Edvaldo Lima chega aqui e diz que eu me vendi. Eu o tenho como homem de Deus. Respeite a mim e a meu mandato. Outros vereadores votam contra o requerimento e o senhor nada diz. Eu nunca vendi a minha família por cargo para estar no governo. Colbert nomeou algumas pessoas de Jaguara que o ajudaram, na campanha. O senhor era ferrenho crítico do governo José Ronaldo. Aí ele chama sua família e nomeia. Comprou seu silêncio com emprego para seus filhos”, disparou Paulão. Quando se cruzaram no plenário, após os pronunciamentos inflamados, os dois vereadores trocaram "amabilidades": "vagabundo", disse Edvaldo Lima. "Cachorro", respondeu Paulão.
Sobre sua posição em relação ao grupo de vereadores independentes, do qual é vice-líder, Paulão mantém a postura. “Nunca vou trair Fernando Torres. É um cara digno e amigo, homem de bem e honrado. É um exemplo para mim”, concluiu Paulão.
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